Porque 2019 é o ano do GDPR

11 de dezembro de 2018

O GDPR entrou em vigor em maio deste ano, mas especialistas acreditam que  em 2019 que iremos realmente implementar e perceber as mudanças que ele causou.

A diretiva europeia que regulamentou o recolhimento e processamento de dados, e obrigou empresas de todo mundo a rever seus processos, tem penas muito duras para as companhias que não estão em compliance com as suas determinações.

Apesar disso, muitas delas ainda não conseguiram concluir o processo de adequação à nova regra neste ano. Mas, provavelmente, o farão em 2019 e a seguir vamos entender o porquê.

Profissionais de TI prospectam mudanças para 2019

Uma pesquisa da TrustArc que entrevistou profissionais de TI de empresas de todos os portes revelou que 74% deles acreditam que só estarão em compliance total com o GDPR apenas no final de 2018. No momento da pesquisa, realizada um mês depois do início da vigência do GDPR, apenas 20% das empresas acreditavam estar alinhadas com as recomendações europeias.

Ou seja,  muitas empresas ainda não estavam totalmente prontas para o GDPR em maio deste ano, mas devem estar em 2019.

Proteção de dados se tornou uma preocupação

O público tem estado cada vez mais ciente que as solicitações de privacidade feitas por um aplicativo de celular, os dados fornecidos para o download de um material gratuito e até o CPF pedido no caixa do supermercado são informações pessoais que estão sendo dadas às empresas.

Isso sem contar os diversos casos de enormes vazamentos de dados e venda de informações que são cada vez mais frequentes e colocam os  usuários em alerta.

Com tudo isso, é natural que exista hoje uma preocupação muito maior sobre a proteção de dados pessoais do que havia no passado.

A TRUSTe/NCSA apurou que 92% dos consumidores online consideram a segurança e a privacidade de dados como uma preocupação. Já um relatório da Chartered Institute of Marketing demonstra que 57% deles não confiam em como as marcas usam suas informações e não acreditam que elas fazem isso com responsabilidade. Essa tendência deve forçar, ainda mais, as empresas a se adequarem ao GDPR no próximo ano.

As grandes companhias já mudaram

Esse tipo de transformação de processos tecnológicos tende a acontecer em ondas: atingindo primeiro as gigantes do mercado e, mais tarde, as empresas de menor porte.

Companhias como o Google, Adobe e o Facebook já declararam ter alterado suas rotinas de processamento, então é uma questão de tempo para que as empresas menores sigam o exemplo e façam o mesmo. E esse momento de mudança, muito provavelmente, vai coincidir com a virada do ano.

Os resultados de aderir ao GDPR são positivos

Apesar das dificuldades em mudar seus processos de uso de dados, muitas empresas já entendem que, a longo prazo, essa é uma transformação positiva. A pesquisa da TrustArc aponta que 65% dos profissionais de TI vêem o GDPR como algo que traz impacto positivo em seus negócios. Apenas 15% dos entrevistados discordaram.  

Com a regulamentação do uso de dados se mostrando cada vez mais importante para empresas e usuários, fica claro que 2019 será um ano em que ouviremos falar ainda mais sobre o GDPR e o número de companhias em compliance com as determinações europeias será ainda maior.

Se a sua empresa ainda não está preparada para isso, não deixe para a última hora! Entre em contato com os advogados especializados em Direito Digital, Direito Empresarial e tecnologia da Assis e Mendes e descubra como se adequar ao GDPR sem prejudicar a sua operação.

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