Cyberbullying 8 dicas para identificar e agir contra a prática - blog assis e mendes

Cyberbullying: 8 dicas para identificar e agir contra a prática

21 de setembro de 2017

Ao mesmo tempo em que um mundo conectado traz muitos benefícios, também traz desafios. Atrás de um computador, todo mundo acaba ficando exposto e protegido ao mesmo tempo. Num piscar de olhos, um post, comentário ou imagem publicada nas redes sociais podem causar grande constrangimento e repercussão.

A advogada Lia Calegari da Cunha, filha de Carmem e Flávio, atua em escritório especializado em direito digital atendendo casos de cyberbullying, e explica que antes o bullying se restringia ao ambiente escolar. Hoje, com a internet e as redes sociais, além de acontecer o dia inteiro, o alcance e a velocidade com que as publicações se propagam nas redes são capazes de reproduzir milhões de posts por segundo, potencializando o problema.

O cyberbullying é um tipo de violência e precisa ser combatido sempre que acontecer, principalmente por estar ligada diretamente à saúde mental das vítimas. Pode estar acontecendo com seu filho e você não faz ideia, mas há maneiras de identificar se ele está sofrendo ou mesmo praticando e como agir diante disso.

8 dicas para identificar o cyberbullying

1- Participe e monitore a utilização da internet por crianças e adolescentes. Isso não significa apenas o bloqueio do acesso a sites inapropriados, mas sim introduzir, no âmbito familiar, discussões permanentes sobre a utilização da internet e seu impacto no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das pessoas.

2- Busque informações sobre o processo de evolução escolar dos jovens, não só avaliando sua capacidade de aprender, como também o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao convívio social.
Pergunte diretamente ao seu filho se ele se sente bem na escola, se tem amigos, se testemunha ou se é alvo ou autor de agressões físicas ou morais.

3- Fique atento às manifestações como hiperatividade, déficit de atenção, desordem de conduta, dificuldades de aprendizado e agressividade. Estes fatores podem ser frequentemente encontrados nos autores de agressões.
Os sintomas mais frequentes nas vítimas são a passividade quanto às agressões sofridas, um círculo restrito de amizades, baixa autoestima, baixo rendimento escolar, medo e simulação de doenças com o interesse de não comparecer mais às aulas, além da insegurança e baixa sociabilidade.

4- Busque avaliação psiquiátrica e psicológica. Ela pode ser necessária e deve ser garantida nos casos em que os jovens apresentem alterações de personalidade, intensa agressividade, distúrbios de conduta ou apresentem algum dos sintomas citados. A ajuda permite que o jovem controle sua irritabilidade, expresse sua raiva e frustração de forma apropriada e para que seja responsável por suas ações e aceite as consequências de seus atos.

5- No caso das vítimas, a ajuda psicológica é essencial para orientar sobre medidas de proteção a serem adotadas, como aprender a ignorar os apelidos, fazer amizades com colegas não agressivos, evitar locais de maior risco e criar coragem para informar aos pais, ao professor ou funcionário sobre o bullying sofrido.

6- Nos casos mais graves, busque auxílio jurídico. Apesar de não haver leis específicas que prevejam sua prática, o cyberbullying nada mais é do que crime contra a honra praticado em meio virtual. Em grande parte, o autor é obrigado, além de retirar o conteúdo da web, a indenizar a vítima e a se redimir publicamente.

7- Além das medidas judiciais, onde os pais da criança agressora respondem em nome da mesma, é possível tomar medidas em conjunto, envolvendo a criança agressora, a vítima, os pais e os representantes da escola, como realização de trabalhos voluntários e presença em palestras comportamentais.

8- Informe-se. No site dialogando.com.br é possível encontrar dicas e orientações de especialistas para viver melhor as possibilidades do mundo digital sem transtornos.

Compartilhe:

Mais Artigos

A Conexão entre LGPD e Marco Civil da Internet

O Marco Civil da Internet – MCI (Lei nº 12.965/2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD, Lei nº 13.709/2018) são legislações brasileiras que se complementam na regulação …

Como os contratos de tecnologia estão sendo analisados e julgados pelo Poder Judiciário

Os contratos de tecnologia são instrumentos legais que regulam a relação entre detentores de direitos sobre marcas, patentes, tecnologias, softwares, desenhos industriais e outros ativos intangíveis, e as partes interessadas …

PEC da Redução da Jornada de Trabalho: Desafios e Implicações

O assunto dominou o mês de novembro. Confira um pouco mais

Legal as a Service: O Futuro da Consultoria Jurídica

Conheça um pouco mais sobre o LaaS, Legal as a Service

O que é VPN e como ela entrou nos holofotes brasileiros nos últimos dias

Uma VPN, ou Rede Privada Virtual, é uma tecnologia que permite criar uma conexão segura e criptografada entre o seu dispositivo e a internet. Isso é feito através de um …

Inteligência Artificial e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: como o G20 aponta novas direções para a tecnologia e o setor jurídico

O avanço da tecnologia e da inteligência artificial (IA) apresenta uma oportunidade única para impulsionar mudanças positivas em escala global.

Entre em contato

Nossa equipe de advogados altamente qualificados está pronta para ajudar. Seja para questões de Direito Digital, Empresarial ou Proteção de Dados estamos aqui para orientá-lo e proteger seus direitos. Entre em contato conosco agora mesmo!

Inscreva-se para nossa NewsLetter

Assine nossa Newsletter gratuitamente. Integre nossa lista de e-mails.