Delegar a declaração do IR 2025 com segurança é possível

11 de abril de 2025

O período de entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) costuma vir acompanhado de dúvidas e correria. Para muitos brasileiros, a solução tem sido terceirizar essa obrigação para contadores ou profissionais especializados. Até aí, tudo bem. A questão é como essa delegação tem sido feita.

Ainda é comum encontrar pessoas que, ao contratar um contador, compartilham sua senha do Gov.br como forma de facilitar o processo. O que parece apenas um atalho inofensivo, na verdade, representa um risco enorme — tanto para o contribuinte quanto para o profissional.

Por que compartilhar a senha do Gov.br é um erro?

A plataforma Gov.br concentra hoje o acesso a diversos serviços e informações sensíveis, como:

  • Consulta e movimentação de bens; 
  • Dados de saúde (ConecteSUS); 
  • Emissão de documentos e certidões; 
  • Acesso a processos e ações judiciais; 
  • Assinaturas digitais com validade jurídica. 

Ao entregar sua senha a terceiros, você abre mão da segurança e assume um risco difícil de reverter. Qualquer ato praticado será atribuído a você — mesmo que não tenha sido o autor. Além disso, compartilhar a senha viola os termos de uso da plataforma e compromete a rastreabilidade de ações e a proteção de dados, ferindo inclusive princípios da LGPD.

Existem formas corretas e seguras de delegar a DIRPF

A Receita Federal já oferece há alguns anos meios oficiais para que você possa autorizar outra pessoa a acessar e enviar sua declaração:

 1. Procuração Eletrônica (via e-CAC)

Permite conceder poderes específicos a outro CPF ou CNPJ, com rastreabilidade de todas as ações realizadas. É a forma mais robusta e jurídica de delegação.

2. Autorização de Acesso (Portal Meu Imposto de Renda)

Funcionalidade simples, ideal para permitir que um profissional consulte e envie a declaração. Você pode autorizar até 20 CPFs diretamente pelo portal.

Profissionais também precisam estar atentos

Sabemos que a intenção dos contadores e demais prestadores de serviço é ajudar — e a confiança com o cliente é um ponto forte dessa relação. No entanto, a solicitação ou aceitação da senha do Gov.br expõe o profissional a riscos desnecessários. Utilizar os meios oficiais de autorização é também uma forma de se proteger e atuar com conformidade legal e ética.

Baixe o e-Book completo gratuitamente

Para ajudar contribuintes e profissionais a entenderem melhor esse cenário, o Assis e Mendes preparou um eBook gratuito e direto ao ponto, com:

  • Explicações sobre os riscos de compartilhar a senha do Gov.br; 
  • Fundamentos jurídicos e implicações legais; 
  • Comparativo entre os métodos de delegação; 
  • Passo a passo ilustrado para usar a procuração eletrônica e a autorização de acesso; 
  • Recomendações práticas para empresas e escritórios contábeis. 

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 Sobre a Autora 

Bianca Pinheiro é advogada, sócia e atual COO do Assis e Mendes. Atua na coordenação da estruturação jurídica de projetos envolvendo dados, tecnologia e governança digital, com foco em empresas de base tecnológica.

Especialista em Direito Público e pós-graduada em Governança de Tecnologia da Informação pela Unicamp, possui certificações em DPO (Assespro/RS), PDPE, PDPF e ISFS pela EXIN.

 

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